Olá Queridos Amigos e Amigas!
Nós, Natália e Najla, temos uma profissão muito especial e
na verdade uma missão muito linda: nós somos Doulas.
Você já ouviu falar nessa palavra? Você tem ideia do que
seja?
A palavra doula vem do grego e significa Mulher que serve.
Então, “a grosso modo”, é uma mulher que serve outra mulher. Mas como?
Na antiguidade, quando as mulheres iam ter seus filhos, era
sempre chamada aquela parteira da comunidade para assistir o parto e,
juntamente com essa parteira, ficava sempre uma outra mulher que podia ser a
mãe, a irmã, uma amiga ou simplesmente uma pessoa que já tinha um pouco de
experiência em lidar com aquele processo de dar à luz.
Ela ficava ao lado da mulher que estava com as contrações,
acalmando, lhe dando a mão, lhe dando um abraço, cuidando das atividades extras
para que nada atrapalhasse aquele momento tão especial para aquela mulher.
Com a modernidade, o parto que, até então, era um evento
familiar e domiciliar, passou a ser um evento médico e hospitalar. A tecnologia, sempre muito bem-vinda, veio
também no sentido de deixar a obstetrícia (especialidade que cuida da gestação
e parto), mais moderna, evitando diversas mortes maternas e fetais que não se
tinha como impedir algumas vezes.
Porém, ela também trouxe um outro lado: da praticidade, que,
por vezes por motivos financeiros, levou alguns profissionais a acreditarem que
tirar o bebê por uma grande incisão abdominal, chamada cirurgia cesariana, era
o jeito mais fácil, rápido e eficaz de se nascer. Mas será que realmente tantos
bebês precisam nascer por essa via? Será que isso é bom para o bebê? E para a
mulher?
Dados recentes, revelam que nos convênios médicos, temos um
índice de cirurgias cesarianas de mais de 80% e pelo serviço publico de saúde,
infelizmente estamos chegando a quase 60%.
A ideia do parto sem dor foi tão difundida, que as mulheres
passaram a ter muito medo de entrar em trabalho de parto e, por isso, muitas
dizem preferir a cirurgia pois sentem medo.
Todavia, algumas mulheres gostariam muito de passar por esse
processo e perceberam que era muito difícil que os profissionais aceitassem
esperar, que acreditassem que elas eram capazes, nisso, surgiu no Brasil um
lindo movimento que luta pelo chamado Parto Humanizado, que nada mais é que o
respeito ao protagonismo da mulher e suas escolhas, o acolhimento e a atuação
dos profissionais baseadas em evidencias cientificas. E com esse movimento,
surgem as doulas, sim, aquelas mulheres que antigamente auxiliavam a mulher no
seu processo de trabalho de parto? Lembra? Sim, são elas! As doulas.
Doulas não fazem partos, não são parteiras como a maioria
pensa. Doulas são formiguinhas trabalhadeiras que, em sua “pequenez”, constroem
um universo de possibilidades e caminhos para que as mulheres tenham seu
direito respeitado, que alcancem o objetivo de terem seus bebês com
tranqüilidade da forma que escolheram.
Na MaGestar, nós estamos nessa jornada há 3 anos, somando
histórias, multiplicando amizades, dividindo certezas.
Sim, estamos numa luta, muitas vezes cruel, mas recompensadora
em cada nascimento, cada sorriso, cada família que nasce.
Vem com a gente conhecer um universo de possibilidades de
ser mulher, mãe e ser humano em sua essência mais plena?
Vem!
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